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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O deserto nacional

A selecção Portuguesa conheceu o seu auge com as proezas alcançadas sob a alçada de “Filipão”, ou se quiserem, Luiz Filipe Scolari . Até aí todos já tínhamos chegado, sem um grande exercício de memória.

O nome Scolari, por si só, faz-me lembrar o nome de um gelado, suculento ! " Prove já o novo Scolari, da (marca X)"
Esta brincadeira parva serve mesmo para chamar, sem qualquer ofensa, o senhor Scolari de guloso , pois ele, ao querer naturalizar senhores como Deco, Pepe, Liedson, assim como não criar uma ligação entre a selecção nacional AA, e os escalões de formação, só pensou no imediato, e no seu sucesso, ora isto levou a que, hoje em dia, a selecção principal, seja um deserto…

Os escalões de formação de Portugal não atingem uma grande competição á vários anos ( salvo excepção da selecção de Sub-20 que está ,até á data, nos quartos-de-final do mundial). Tomando como exemplo a selecção de Sub-19, a última presença desta camada num Europeu foi no longínquo ano de 2007 … estamos em 2011, é fazer as contas.

Mas a culpa não é só do “mister Filipão”, obviamente, pois os clubes portugueses, refiro-me principalmente aos três grandes, têm nos seus escalões de formação, em média, 4 estrangeiros por ano. Será fruto da globalização? Ou da desvalorização do que é nacional ?

Se olharmos para "baixo", realisticamente falando, poucos serão os jogadores da selecção de Sub-20 (a que mais próxima está da selecção AA a ter sucesso) que encaixarão numa selecção principal, a não ser que sofram uma tremenda evolução.

Como sabem todos, a lei da vida cairá em cima do Cristiano Ronaldo, do Postiga, do Coentrão, e de mais uns poucos, que já não caminham para novos, e é necessário “repô-los”.

Longe vai a geração de Eusébio e Chalana, Figo e Rui Costa, Ronaldo e Quaresma, que chegavam longe nos torneios ao mais alto nível.

E quando acabar esta geração… Qual é a solução?

A Espanha é que vai tendo a razão!

1 comentário:

  1. Dizem que de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos... no entanto era bom como que os nossos responsaveis analisassem a formação em Espanha e os sucessos recentes das suas selecçoes. Relativamente aos sub 20, apesar de estarem presentes no mundial de sub 20, não deixa de ser preocupante perceber que - depois do jogo com a Guatemala - dificilmente aqueles jogadores (tirando raras excepções, por exemplo o Danilo) terão capacidade para jogar ao mais alto nível na selecção A...
    Mais uma ve Parabéns ao Pedro Maia... um craque a jogar à bola e como jornalista...
    Vitor Rocha

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